Verdade
1. UNESP 2012 Regulamentação publicada nesta segunda-feira, no
Diário Oficial do Município do Rio, determina que as crianças e adolescentes
apreendidos nas chamadas cracolândias fiquem internados para tratamento médico,
mesmo contra a vontade deles ou dos familiares. Os jovens, segundo a Secretaria
Municipal de Assistência Social (Smas), só receberão alta quando estiverem
livres do vício. A “internação compulsória” vale somente para aqueles que, na
avaliação de um especialista, estiverem com dependência química. Ainda de
acordo com a resolução, todas as crianças e adolescentes que forem acolhidos à
noite, “independente de estarem ou não sob a influência do uso de drogas”, não
poderão sair do abrigo até o dia seguinte.(www.estadao.com.br, 30.05.2012.
Adaptado.)
As justificativas apresentadas
neste texto para legitimar a “internação compulsória” de usuários de drogas são
norteadas por:
a. princípios filosóficos baseados no livre-arbítrio
e na autonomia individual.
b. valores de natureza religiosa fundamentados na
preservação da vida.
c. critérios médicos relacionados à distinção entre
saúde e patologia.
d. valores éticos associados ao direito absoluto à
liberdade da pessoa humana.
e. realização prévia de consultas públicas sobre a
internação obrigatória.
2. UNESP
2014 Governos que se metem na vida dos outros são governos autoritários. Na
história temos dois grandes exemplos: o fascismo e o comunismo. Em nossa época
existe uma outra tentação totalitária, aparentemente mais invisível e, por isso
mesmo, talvez, mais perigosa: o "totalitarismo do bem". A saúde
sempre foi um dos substantivos preferidos das almas e dos governos
autoritários. Quem estudar os governos autoritários verá que a "vida
cientificamente saudável" sempre foi uma das suas maiores paixões. E,
aqui, o advérbio "cientificamente é
quase vago porque o que vem primeiro é mesmo o desejo de higienização de toda
forma de vício, sujeira, enfim, de humanidade não correta. Nosso maior pecado
contemporâneo é não reconhecer que a humanidade do humano está além do modo
"correto" de viver. E vamos pagar caro por isso porque um mundo só de
gente "saudável" é um mundo sem Eros.
(Luiz Felipe Pondé. “Gosto que cada um sente na
boca não é da conta do governo”. Folha de S.Paulo, 14.03.2012. Adaptado.)
Na concepção do autor, o totalitarismo:
a. é um sistema político exclusivamente relacionado
com o fascismo e o comunismo.
b. inexiste sob a égide de regimes políticos
institucionalmente democráticos e liberais.
c. depende necessariamente de controles de natureza
policial e repressiva dos comportamentos.
d. estabelece regras de comportamento subordinadas
à autonomia dos indivíduos.
e. mobiliza a ciência para estabelecer critérios de
natureza biopolítica sobre a vida.
3. UFSJ 2013 Leia atentamente os fragmentos abaixo.
I. “Também tem sido frequentemente ensinado que a
fé e a santidade não podem ser atingidas pelo estudo e pela razão, mas sim por
inspiração sobrenatural, ou infusão, o que, uma vez aceita, não vejo por que
razão alguém deveria justificar a sua fé...”.
II. “O homem não é a consequência duma intenção
própria duma vontade, dum fim; com ele não se fazem ensaios para obter-se um
ideal de humanidade; um ideal de felicidade ou um ideal de moralidade; é
absurdo desviar seu ser para um fim qualquer”.
III. “(...) podemos estabelecer como máxima
indubitável que nenhuma ação pode ser virtuosa ou moralmente boa, a menos que
haja na natureza humana algum motivo que a produza, distinto do senso de sua
moralidade”.
IV. “A má-fé é evidentemente uma mentira, porque
dissimula a total liberdade do compromisso. No mesmo plano, direi que há também
má-fé, escolho declarar que certos valores existem antes de mim (...).”
Os quatro fragmentos de texto acima são,
respectivamente, atribuídos aos seguintes pensadores;
a.
Hobbes, Nietzsche, Hume, Sartre.
b.
Nietzsche, Sartre, Hobbes, Hume.
c.
Hume, Nietzsche, Sartre, Hobbes.
d.
Sartre, Hume, Hobbes, Nietzsche.
4. UFSJ 2013
Na filosofia de Friedrich Nietzsche, é fundamental entender a crítica que ele
faz à metafísica. Nesse sentido, é CORRETO afirmar que essa crítica:
a. é a inauguração de uma nova forma de pensar sem
metafísica através do método genealógico.
b. tem o sentido, na tradição filosófica, de
contentamento, plenitude.
c. é o discernimento proposto por Nietzsche para
levar à supressão da tendência que o homem tem à individualidade radical.
d. pressupõe que nenhum homem, de posse de sua
razão, tem como conceber uma metafísica qualquer, que não tenha recebido a
chancela da observação.
5. UFSJ 2013 Ao declarar que “a moral e a religião
pertencem inteiramente à psicologia do erro”, Nietzsche pretendeu;
a. destruir os caminhos que “a psicologia utiliza
para negar ou afirmar a moral e a religião”.
b. criticar essa necessidade humana de se vincular
a valores e instituições herdados, já que “o Homem é forjado para um fim e como
tal deve existir”.
c. comprovar que “a moral e a religião estão no
imaginário coletivo, mas para se instalarem enquanto verdade elas precisam ser
avalizadas por uma ciência institucionalizada”.
d. denunciar o erro que tanto a moral quanto a
religião cometem ao confundir “causa com efeito, ou a verdade com o efeito do
que se considera como verdade”.
6. UFSJ 2013
Na obra “O existencialismo é um humanismo”, Jean-Paul Sartre intenta:
a. mostrar o significado ético do existencialismo.
b. desenvolver a ideia de que o existencialismo é
definido pela livre escolha e valores inventados pelo sujeito a partir dos
quais ele exerce a sua natureza humana essencial.
c. criticar toda a discriminação imposta pelo
cristianismo, através do discurso, à condição de ser inexorável, característica
natural dos homens.
d. delinear os aspectos da sensação e da imaginação
humanas que só se fortalecem a partir do exercício da liberdade.
7. UFU 2013
Para J.P. Sartre, o conceito de “para-si” diz respeito:
a. a uma criação divina, cujo agir depende de
princípio metafísico regulador.
b. apenas à pura manutenção do ser pleno, completo,
da totalidade no seio do que é.
c. a algo empastado de si mesmo e, por isso, não se
pode realizar, não se pode afirmar, porque está cheio, completo.
d. ao nada, na medida em que ele se especifica pelo
poder nadificador que o constitui.
8. UFSJ 2012
Com relação aos quatro grandes erros para Nietzsche, é CORRETO afirmar que eles
representam:
a. erros que corrompem a razão, a ponto de
incutirem nos homens o espírito servil imerso numa realidade distorcida e
opressora que não permite a esses homens a emancipação de seus atos.
b. a força moral instintiva, portanto, natural, da
qual se investe toda a cultura e que promove toda a efervescência positiva e
ideal no espírito humano.
c. a demasiada humanidade revestida de substancial
fortaleza embutida no espírito por meio da vontade como instinto e valorização
de toda a cultura.
d. a necessidade humana demasiada humana de buscar
a superação de todas as anomalias morais e fixar-se num lugar onde a felicidade
seja possível e comungue com a própria virtude do bom e do bem.
9. USFJ 2012
Assinale a alternativa que expressa o pensamento de Nietzsche sobre a origem do
bem:
a. “Todo o bem procede do instinto e é, por
conseguinte, leve, necessário, espontâneo”.
b. “Faça isto e mais isto, não faça aquilo e mais
aquilo – e então serás feliz, contrário...” Dessas ações procedem o bem em si.
c. “O vício e o luxo são a causa do perecimento de
povos e raças”. Libertar-se de tais desequilíbrios, eis aí a fórmula do bem
original.
d. “O cornarismo resume toda a origem do bem e é
prerrogativa cultural da raça humana”.
10. UFU 1998
O Existencialismo é uma filosofia do século XX, que procura resgatar o valor da
subjetividade, da concretude da vida humana, da singularidade indeterminada. A
famosa frase de Sartre – “A existência precede a essência.” – significa que o
homem é um projeto utópico de ser, condicionado pela sua existência. Neste
sentido o(s) fundamento(s) teórico(s) e histórico(s) do Existencialismo de
Sartre são:
a. o desejo de ser o que é, próprio do século XIX,
e a decepção do homem com a Igreja na sociedade atual.
b. a exaltação ao materialismo que determina a vida
do homem, própria do século XIX.
c. as filosofias de Marx-Engels e o movimento
negro, o rock, o feminismo e a revolução social pós-guerra.
d .a concepção de que o homem não é mais que o que
ele faz na sua existência, própria do contexto histórico dilacerado da Europa
do pós-guerra.
e. o resgate do afeto, desejo e paixão segundo
Freud e a exaltação do sexo como finalidade ética da vida no consumismo atual.
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