A
África é um continente com rica diversidade cultural. Além disso, a sua
história tem forte ligação com a história do nosso país. Afinal, muitos
africanos desembarcaram por aqui durante a escravidão, entre os séculos XVI e
XIX, trazendo junto às suas danças, culinária, rituais religiosos e costumes.
Estes
negros
conquistaram a sua liberdade somente em 1888, ano em que foi assinada a Lei
Áurea. A África é banhada pelos oceanos Índico e Atlântico, além do Mar
Mediterrâneo. Ao que tudo indica, o primeiro estado a formar-se no continente
foi o Egito, há mais de 5 mil anos. Porém, desde a antiguidade povos de
todos os continentes exploraram a África atrás das suas riquezas, como o ouro e
o sal.
Dominações
e Colonizações
Considerada
o continente de origem do ser humano, a África já foi dominada por diferentes
povos e civilizações, como os árabes, romanos e fenícios. Em torno dos anos 600
a.C., os fenícios foram fundamentais para o comércio, percorrendo o continente
do Mediterrâneo até o Índico. Já no século VII, foi a vez dos árabes dominarem
a região, com destaque para a região Norte e a proximidade com a Europa. No
século XIX, os países europeus dividiram a África, como Portugal, Bélgica,
Espanha, Holanda, Alemanha, Itália e Inglaterra.
Com
o final da 2ª Guerra Mundial, somente quatro países africanos já eram
independentes:
•
África do Sul
•
Etiópia
•
Egito
•
Libéria
Porém,
em 1951, a Líbia conquistou a sua independência da Itália. Em seguida, outros
países concluíram que era a chance de seguir o mesmo caminho. Nos próximos 30
anos ocorreram diversas independências que resultaram no mapa atual do
continente. Hoje em dia, considerado o continente mais rico na questão de
recursos naturais, a África é também o mais pobre, com diversos problemas
sociais que atingem a sua população.
África
e Brasil: muitas influências
A
história da África e a cultura afro-brasileira estão intimamente ligadas e
precisam ser valorizadas. Nosso país possui a maior população de origem
africana fora do continente e isso explica a forte influência que eles exercem
por aqui, em especial na região Nordeste. A maioria destes africanos
chegou ao Brasil durante o período da escravidão. Porém, no começo do século
XIX estes costumes, rituais e manifestações não eram permitidos, pois fugiam
totalmente da cultura europeia e dos seus valores, tão valorizados na época.
Estados
que mais foram influenciados pela cultura africana:
•
Rio Grande do Sul
•
São Paulo
•
Rio de Janeiro
•
Espírito Santo
•
Minas Gerais
•
Bahia
•
Alagoas
•
Pernambuco
•
Maranhão
No
século XX, estas expressões artísticas e culturais passaram a ser aceitas como
nacionais e, atualmente, influenciam a vida de todos os brasileiros e integram
o nosso calendário. A história da África e a cultura afro-brasileira ficam
evidentes, por exemplo, na capoeira. Desenvolvida como uma forma de defesa, com
o tempo estes movimentos foram integrados às músicas africanas, dando um
aspecto de dança, o que enganava os capatazes dentro dos engenhos. A capoeira
só foi de fato liberada no Brasil nos anos 1930, pelo então presidente Getúlio Vargas.
Atualmente, é considerada Patrimônio Cultural Brasileiro e um tipo de esporte.
Na
culinária, a relação entre a história da África e a cultura afro-brasileira
também fica clara. São diversos os exemplos, como cocada, sarapatel, mungunzá,
acarajé, vatapá, caruru e o mais admirado deles, a popular feijoada, que nasceu
nas senzalas a partir de restos de carne que os patrões liberavam e que eram
cozidas em um caldeirão. A religião também mostra como a história da África e a
cultura afro-brasileira estão relacionadas. O Candomblé, por exemplo, é uma
festa religiosa que foi trazida ao país pelos escravos. Entre as suas
principais divindades estão Iemanjá, Oxumaré, Oxum e Xangô. Estas cerimônias
acontecem, geralmente, em terreiros.
A
história da África e a cultura afro-brasileira também se encontram na moda, em
especial no uso de turbantes. Enquanto no continente africano o turbante indica
posições sociais e faz parte da sua cultura, no Brasil ele ficou mais forte por
influência de Carmem Miranda e de Paul Poiret, estilista francês. O turbante
deixa qualquer produção mais charmosa e autêntica, e tem conquistado cada vez
mais usuárias.
Outro
ponto onde a história da África e a cultura afro-brasileira se encontram é na Língua Portuguesa.
Diversos termos que utilizamos com frequência são originários do continente
africano, como muvuca, quitute, maconha, capanga, cachimbo, cachaça, corcunda,
caxumba, muquirana, cafofo, marimbondo, xingar, tanga, banguela, miçanga,
caçula, abadá, candango, entre tantos outros.
No
ano de 2003, a Lei nº 10.639 determinou que todas as escolas, de Ensino
Fundamental e Médio, devem incluir o ensino da história da África e a cultura
afro-brasileira nos seus currículos. Uma forma de valorizar este continente que
contribuiu tanto para a formação da nossa identidade e da nossa cultura.
Fonte: https://www.resumoescolar.com.br/historia-do-brasil/historia-da-africa-e-cultura-afro-brasileira
Fonte: https://www.resumoescolar.com.br/historia-do-brasil/historia-da-africa-e-cultura-afro-brasileira
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