1. ENEM 2014 Um trabalhador em tempo flexível
controla o local do trabalho, mas não adquire maior controle sobre o processo
em si. A essa altura, vários estudos sugerem que a supervisão do trabalho é
muitas vezes maior para os ausentes do escritório do que para os presentes. O
trabalho é fisicamente descentralizado e o poder sobre o trabalhador, mais
direto.
SENNETT, R. A corrosão do caráter: consequências
pessoais do novo capitalismo. Rio de Janeiro: Record, 1999 (adaptado).
Comparada à organização do trabalho característica
do taylorismo e do fordismo, a concepção de tempo analisada no texto pressupõe
que:
a. os mecanismos de controle sejam deslocados dos
processos para os resultados do trabalho.
b. as tecnologias de informação sejam usadas para
democratizar as relações laborais.
c. as estruturas burocráticas sejam transferidas da
empresa para o espaço doméstico.
d. os procedimentos de terceirização sejam
aprimorados pela qualificação profissional.
e. as organizações sindicais sejam fortalecidas com
a valorização da especialização funcional.
2. UEMA 2014
A etimologia do termo trabalho deriva do vocábulo tripalliumque significa
“instrumento de tortura”. O trabalho foi associado à ideia de castigo, tortura,
atividade penosa. Ao longo do tempo, houve várias interpretações do sentido de
trabalho. No feudalismo, o trabalhador tinha uma visão total do produto. Com a
consolidação da sociedade industrial, o modelo fordista e taylorista
fragmentaram o processo de produção, conforme imagem abaixo.
Nesse sentido, as características do fordismo e do
taylorismo, no início do século XX, em novo ordenamento social do trabalho,
são, respectivamente:
a. especialização da administração e solidarismo,
flexibilização, robótica.
b. automação, fragmentação e cooperação, manufatura,
rigidez do trabalho.
c. controle das atividades, mecanização e
impessoalidade das normas, rigidez do trabalho, especialização da
administração.
d. mecanização, automação, precariedade do trabalho
e estabilidade no emprego, solidarismo.
e. impessoalidade das normas, flexibilização do
trabalho, robótica e controle das atividades, fluidez do trabalho.
3. UFU 2011
Segundo Marx, o fator fundamental do desenvolvimento social assenta-se nas
contradições da vida material, na luta entre as forças produtivas da sociedade
e as relações sociais de produção que lhe correspondem.
Analisando a frase acima, assinale a alternativa
correta sobre as relações sociais de produção e forças produtivas em Marx.
a. Correspondem às relações entre os homens no
âmbito estritamente econômico posto que a esfera econômica determina a
estrutura social.
b. Dizem respeito às ações individuais dos homens
no livre mercado, o qual é marcado pelas leis de oferta e procura.
c. Correspondem a uma relação social definida pela
lógica do mercado, na qual os homens orientam individualmente suas ações em um
determinado sentido.
d. Dizem respeito às relações sociais que os homens
estabelecem entre si para utilizar os meios de produção, transformando a si
mesmos e a natureza.
4. UFU 2012
Levando em consideração as relações do sistema de produção fordista e demais
sistemas de produção e suas consequências, constata-se que o trabalho no
sistema:
a. taylorista baseia-se em trabalhadores
multifuncionais, sendo que cada posto de trabalho executa várias tarefas, a fim
de diminuir os custos de produção.
b. fordista é repetitivo e parcelado, gerando
trabalhadores felizes e satisfeitos por não necessitarem de longos processos de
capacitação para o trabalho.
c. fordista caracteriza-se pela separação entre
elaboração e execução no processo de trabalho, proporcionando a alienação.
d. toyotista tem a produção vinculada à demanda,
ocasionando flexibilização e evitando, assim, as demissões e a precarização,
além de possibilitar a utilização racional da força de trabalho.
5. ENEM(PPL) 2012 Uma gigante empresa taiwanesa do
setor de tecnologia vai substituir parte de seus funcionários por um milhão de
robôs em até três anos, segundo a agência de notícias chinesa. O objetivo é
cortar despesas. Os robôs serão usados para fazer trabalho simples e de rotina,
como limpeza, soldagem e montagem, atividades que atualmente são feitas por
funcionários. A empresa já tem 10 mil robôs e o número deve chegar a 300 mil em
2012 e a um milhão em três anos.
“Fabricante do Ipad vai trocar trabalhadores por um
milhão de robôs em três anos”. Disponível em: http://noticias.r7.com. Acesso
em: 21 ago. 2011. (adaptado)
Em relação aos efeitos da decisão da empresa, uma
divergência entre o empresário e os funcionários, no exemplo citado, encontra-se
nos respectivos argumentos:
a. Reforço da produtividade – Ampliação das
negociações.
b. Diminuição dos custos – Redução da
competitividade.
c. Inovação dos investimentos – Flexibilização da
produção.
d. Racionalização do trabalho – Modernização das
atividades.
e. Aumento da eficiência – Perda dos postos de
trabalho.
6. UFPA 2011
Uma das formas mais agudas de desemprego presentes na contemporaneidade é o
desemprego provocado pela mudança na configuração da estrutura ocupacional e na
demanda da força de trabalho, em razão da adoção pelas empresas públicas e
privadas de novos programas de gestão e organização do trabalho, de novas
tecnologias, de ruptura da parte das cadeias produtivas, com o fechamento de
empresas, e da desnacionalização de parte do parque produtivo.
Sobre as consequências desse processo de
desemprego, considere os fatos citados nos itens abaixo:
I. a não inclusão dos jovens e a exclusão dos
idosos do mercado de trabalho.
II. a expansão do trabalho em domicilio.
III. a ocorrência da expansão de oportunidades de
trabalho no chamado “Terceiro Setor” (iniciativas privadas com fins públicos),
especialmente em países capitalistas avançados.
IV. a intensa atividade sindical.
V. a aceitação dos trabalhadores herdeiros de uma
“cultura fordista” em detrimento de trabalhadores “polivalentes e
multifuncionais“ da era toyotista.
Está correto o que se apresenta no(s) item(ns):
a. III somente.
b .I e II somente.
c. I, II e III.
d. I e III somente
e. IV e V somente.
7. UNIMONTES
2010 Para Karl Marx, com a mecanização e o surgimento da fábrica,
concretiza-se o processo de trabalho propriamente capitalista, designado por
maquinofatura. É aqui que aparece o fenômeno da passagem da destreza manual
para a máquina. Aquilo que se fazia com as mãos e as ferramentas passa a ser
feito gradativamente por máquinas.
Considerando essa reflexão, é incorreto afirmar:
a. O desenvolvimento da maquinofatura chegou na
atualidade à fase da automação, em que as máquinas têm grande autonomia, pois
incorporam, na sua programação, mão de obra altamente especializada.
b. No processo produtivo capitalista, o trabalho
transforma-se em mercadoria, em que o trabalhador tem apenas a sua força de
trabalho para vender, submetendo-se a um processo de relações sociais que gera
profundas desigualdades.
c. Nesse momento, o trabalhador não necessita mais
saber fazer um produto, ele precisa saber operar uma máquina que tem um motor e
um conjunto de mecanismos, que impõe o ritmo de trabalho.
d. A
independência do trabalhador, nas relações capitalistas de trabalho, torna-se
evidente quando se verifica como acontece a divisão do trabalho em trabalho
manual e intelectual, em quem executa e quem pensa, em quem é dominado e quem
domina.
8. UEL 2010
Ao separar completamente o patrão e o empregado, a grande indústria modificou
as relações de trabalho e apartou os membros das famílias, antes que os
interesses em conflito conseguissem estabelecer um novo equilíbrio. Se a função
da divisão do trabalho falha, a anomia e o perigo da desintegração ameaça todo
o corpo social e quando o indivíduo, absorvido por sua tarefa se isola em sua
atividade especial, já não percebe os colaboradores que trabalham ao seu lado e
na mesma obra, nem sequer tem ideia dessa obra comum.
(DURKHEIM, E. A Divisão Social do Trabalho. Apud
QUINTEIRO, T.; BARBOSA, M. L. O.; OLIVEIRA, M. G. M. Toque de Clássicos. Vol 1.
Durkheim, Marx e Weber. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007. p. 91.)
De acordo
com K. Marx, uma situação semelhante à descrita no texto, em que trabalhadores
isolados em suas tarefas no processo produtivo “não percebem seus colaboradores
na mesma obra, nem tem ideia dessa obra comum”, é explicada pelo conceito de:
a. Ideologia.
b. Alienação.
c. Estratificação.
d. Anomia social.
e. Identidade social.
9. UFU 2015
Quando aborda o carnaval de Salvador/BA, Fátima Teles afirma que este festejo:
Foi incorporado à onda neoliberal do capital
fetiche e ficou restrito às classes privilegiadas que abandonaram os cordões e
fecharam-se nos luxos dos camarotes ou nos blocos, cordões fechados por compra
de abadás. Portanto hoje, atrás do trio elétrico só não vai a classe menos
favorecida, a classe que vive de salário suado e só vai atrás do trio elétrico
quem pode pagar caro, uma minoria que concentra renda de alguma forma. (...) A
festa já não é mais popular, mas é a festa de uma minoria privilegiada. Olhando
para o carnaval de Salvador lembramos do compositor baiano Gilberto Gil quando
ele canta “ó mundo tão desigual, tudo é tão desigual, de um lado esse carnaval,
de outro a fome total...”
Fátima Teles. A mercantilização do carnaval
soteropolitano. Disponível em: . Acesso em: 22 fev. 2015.
Implícitas no fragmento acima estão várias
categorias marxianas utilizadas, neste caso, para a interpretação das
transformações ocorridas em umas das mais importantes festas populares do país.
Assim, é correto afirmar que:
a. Abadás e camarotes, exclusividades de uma elite,
são portadores de uma aura mágica a quem se confere poderes especiais e
destacada como desencantamento do mundo.
b. O carnaval foi mergulhado nas águas gélidas do
cálculo egoísta, vendo extraídos seus conteúdos e naturezas mais autênticos,
mas sendo finalmente democratizado.
c. Tal como revelara Marx, o capitalismo traz
consigo a tendência de mercantilizar as relações sociais. Ao que tudo indica, o
carnaval também se transformou numa mercadoria.
d. Quando mercantilizado, o carnaval perde seu
caráter público e se privatiza, produzindo um acesso seletivo e dependente mais
do marcador racial do que classista.
10. UFU 2013
E se, em toda ideologia, os homens e suas relações aparecem invertidos como
numa câmara escura, tal fenômeno decorre de seu processo histórico de vida, do
mesmo modo porque a inversão dos objetos na retina decorre de seu processo de
vida diretamente físico.
MARX, Karl, A ideologia alemã. São Paulo: Hucitec,
1987. p. 37.
Com essa famosa metáfora, Marx realiza a definição
de ideologia como inversão da realidade, da qual decorre para ele:
a. a consciência de classe dos trabalhadores.
b. a existência de condições para a práxis
revolucionária.
c. a definição de classes sociais.
d. a alienação da classe trabalhadora.
gabarito
ResponderExcluira
Excluirb
c
d
e
a
b
8.
ResponderExcluirIdeologia