Desigualdade
1. UEL 2008
Analise a tabela a seguir:
Os dados sobre a pobreza e a indigência segundo a
cor ilustram os argumentos dos estudos:
a. de Gilberto Freyre sobre a natural integração
dos negros na sociedade brasileira, que desenvolveu a democracia racial.
b.de Caio Prado Junior sobre a formação igualitária
da sociedade brasileira, que desenvolveu o liberalismo e. de Florestan
Fernandes sobre a não integração dos negros no mercado de trabalho cem anos
após a abolição da escravidão.racial.
c. de Sérgio Buarque de Holanda sobre a
cordialidade entre as raças que formam a nação brasileira: os negros, os índios
e os brancos.
d. de Euclides da Cunha sobre a passividade do povo
brasileiro, ordeiro e disciplinado, que desenvolveu a igualdade de oportunidades
para todas as raças.
2. UERJ 2016
Há dinamite de pavio aceso no Orçamento
O ponto central, que já deveria ser tema de um
amplo debate no Congresso, no Executivo e fora deles, é que a crise fiscal
implodiu os alicerces da Constituição de 1988. A ideia de um Estado que seria
capaz de eliminar a miséria, reduzir a pobreza e ainda fornecer serviços
básicos como saúde e educação com eficiência faliu. Aceite-se ou não.
O Globo, 13/12/2015.
De acordo com a reportagem, o modelo político de
Estado que estaria inviabilizado no atual contexto brasileiro é denominado:
a. liberal-federativo
b. democrático-nacionalista
c. unitário-desenvolvimentista
d. bem-estar social
3. UNESP
2016 A escola que se autointitula a primeira colocada no Exame Nacional do
Ensino Médio (Enem) ocupa, ao mesmo tempo, a 1ª e a 569ª posição no rankingque
a imprensa faz com os resultados do Enem. A escola separou numa sala diferente
os alunos que acertavam mais questões em suas provas internas. Trouxe,
inclusive, alguns alunos de suas franquias pela Grande São Paulo. E “criou” uma
outra escola (abriu outro CNPJ), mesmo estando no mesmo espaço físico. E de lá
pra cá esta ‘outra escola’ todo ano é a primeira colocada no Enem. A 569ª
posição é a que melhor reflete as condições da escola. O 1º lugar é uma farsa.
A primeira colocada no Enem NÃO é uma escola, é uma artimanha jurídica que faz
com que os alunos tenham suas notas computadas em duas listas diferentes. Todos
estudam no mesmo prédio, com os mesmos professores, com o mesmo material, no
mesmo horário, convivendo no mesmo pátio e no mesmo horário de intervalo.
No Brasil todo temos centenas de escolas que
trabalham com a regra na mão para tentar parecer que são a melhor e depois
divulgar, em suas propagandas, que são a melhor escola do país, do estado, da
região, da cidade e, em cidades grandes, como várias capitais, até mesmo que é
a melhor escola de um determinado bairro.
(Mateus Prado. “Escola campeã do Enem ocupa, ao
mesmo tempo, o 1º e o 569º lugar do ranking”. O Estado de S.Paulo, 26.12.2014.
Adaptado.)
O fato relatado pode ser explicado em função da:
a. falência da meritocracia como critério de acesso
ao ensino superior na sociedade atual.
b. hegemonia dos critérios instrumentais da empresa
capitalista em alguns setores da educação.
c. priorização de aspectos humanísticos, em
detrimento da preparação para o mercado de trabalho.
d. resistência dos educadores à transformação da
escola em instrumento de reprodução ideológica.
e. separação rigorosa entre os âmbitos da educação
e da publicidade na sociedade capitalista.
4. UPE (SSA)
2016 Observe a charge a seguir:
A estrutura social é um tema presente nos estudos
sociológicos. Com base na charge, é CORRETO afirmar que:
a. a desigualdade social fundamenta-se na
habitação, pois a obtenção de outros elementos de sobrevivência depende,
exclusivamente, dos indivíduos.
b. os movimentos sociais funcionam como mecanismos
que incentivam a criação de espaços sociais, a exemplo do apresentado na
charge.
c. o morador de uma das casas da charge compara sua
residência com a de uma classe social superior. Esse fato o deixa satisfeito
com sua condição social.
d. a classe média no Brasil é caracterizada por
possuir grande acúmulo de dinheiro que a torna uma estrutura social frágil, se
comparada a outras organizações sociais.
e. a estratificação da sociedade brasileira é
dividida em classes sociais, que são determinadas por condições econômicas e
sociais de vida.
5. UEPB 2013
A charge e o texto abaixo retratam um dos temas trabalhados pela Geografia:
Questão de Gênero.
“O direito a uma vida livre de violência é um dos
direitos básicos de toda mulher. É pela garantia desse direito que marchamos
hoje e marcharemos sempre, até que todas sejamos livres”.
Esse texto constava entre os inúmeros cartazes na
Segunda Marcha das Vadias no Distrito Federal.
Com base nas informações da charge, do texto e seus
conhecimentos sobre o tema, são verdadeiras as afirmativas, EXCETO:
a. A marcha das vadias objetiva conscientizar a
sociedade de que a culpa do estupro não é da mulher e o estupro não dever estar
associado ao modo como ela se veste. Protestam contra a culpabilização das
vitimas nos casos das violências sofridas. Criticam também as instituições que
sustentam a dominação e a exploração contra a mulher.
b. A mercantilização do corpo da mulher, do prazer
e a banalização da exploração sexual são dimensões da globalização econômica. A
mulher é considerada alvo estratégico do consumismo e o apelo sexual o elemento
central nesse método.
c. A violência física contra a mulher é o estágio
de uma série de violências verbais, simbólicas, psicológicas que atingem
mulheres todos os dias. A discriminação histórica contra a mulher não é fruto
de uma concepção patriarcal que ainda impera, mesmo inconscientemente, na
sociedade.
d. Mulheres trabalhadoras assalariadas, depois do
trabalho nas fábricas, no comércio, no campo ou como empregadas domésticas, são
subordinadas à dupla jornada de trabalho ao realizarem as tarefas domésticas ao
chegarem em casa. Já as mulheres burguesas ou de classe média alta, mesmo que
trabalhem, relegam as mulheres mais pobres a essa segunda atividade. Logo, em
sua grande maioria são as mulheres pobres e trabalhadoras exploradas e
oprimidas que lutam de forma consciente contra a opressão.
e. A opressão ao sexo feminino nas empresas se dá
na prática do assédio e abuso sexual em troca da manutenção do emprego e das
promoções de cargos. As mulheres que não aceitam esses “pré-requisitos” têm que
se desdobrar e demonstrar capacidade e superioridade para se manter em seus
empregos.
6. UNISC
2016 Carole Vance no texto
Antropologia (Re)descobre a Sexualidade afirma que as abordagens
construtivistas: [...] partilham a necessidade de problematizar os termos e o
campo de estudos — no mínimo, todas as abordagens adotam a visão de que atos
sexuais fisicamente idênticos podem ter importância social e significado
subjetivo variáveis, dependendo de como são definidos e compreendidos em diferentes culturas e
períodos históricos. Assim como um ato sexual não traz em si um significado
social universal, a relação entre atos sexuais e significados sexuais também
não é fixa, o que torna sua transposição a partir da época e do local do
observador um grande risco. Na verdade, as culturas geram categorias, esquemas e
rótulos diferentes para estruturar as experiências sexuais e afetivas. Essas
construções não só influenciam a subjetividade e o comportamento individual,
mas também organizam e dão significado à experiência sexual coletiva através,
por exemplo, do impacto das identidades, definições, ideologias e regulações
sexuais.
VANCE, Carole. A Antropologia (Re)descobre a
Sexualidade.
Revista Physis, Rio de Janeiro, v. 5, n. 1, 1995,
p. 7-32.
Com base no trecho leia as afirmativas a seguir:
I. As definições de sexualidade são extensivas a
toda a história e a todas as culturas porque os significados atribuídos à
sexualidade são fixos e universais.
II. A existência de atos sexuais idênticos indica
que o peso da cultura na influência dos comportamentos e das subjetividades é
limitado porque há algo inato que condiciona a organização da expressão da
sexualidade.
III. Os significados sobre a sexualidade variam em
contextos históricos e culturais, pois os grupos sociais produzem categorias,
esquemas e rótulos diferentes para estruturar as experiências sexuais e
afetivas.
Assinale a alternativa correta.
a. Somente as afirmativas I e II estão corretas.
b. Somente as a
c. Somente a afirmativa III está correta.firmativas
I e III estão corretas.
d. Somente as afirmativas II e III estão corretas.
e. Todas as afirmativas estão corretas.
7. ENEM(PPL)
2015 A população negra teve que enfrentar sozinha o desafio da ascensão
social, e frequentemente procurou fazê-lo por rotas originais, como o esporte,
a música e a dança. Esporte, sobretudo o futebol, música, sobretudo o samba, e
dança, sobretudo o carnaval, foram os principais canais de ascensão social dos
negros até recentemente. A libertação dos escravos não trouxe consigo a
igualdade efetiva. Essa igualdade era afirmada nas leis, mas negada na prática.
Ainda hoje, apesar das leis, aos privilégios e arrogâncias de poucos
correspondem o desfavorecimento e a humilhação de muitos.
CARVALHO, J. M. Cidadania no Brasil: o longo
caminho. Rio de Janeiro:Civilização Brasileira, 2006 (adaptado).
Em relação ao argumento de que no Brasil existe uma
democracia racial, o autor demonstra que:
a. esse mito camuflou formas de exclusão em relação
aos afrodescendentes.
b. essa ideologia equipara a nação a outros países
modernos.
c. esse modelo de democracia foi possibilitado pela
miscigenação.
d. essa peculiaridade nacional garantiu mobilidade
social aos negros.
e. essa dinâmica política depende da participação
ativa de todas as etnias.
8. UEPA 2015
A metamorfose
Uma barata acordou um dia e viu que tinha se
transformado num ser humano. Começou a mexer suas patas e viu que só tinha
quatro, que eram grandes e pesadas e de articulação difícil. Não tinha mais
antenas. Quis emitir um som de surpresa e sem querer deu um grunhido. As outras
baratas fugiram aterrorizadas para trás do móvel. Ela quis segui-las, mas não
coube atrás do móvel. O seu segundo pensamento foi: "Que horror… Preciso
acabar com essas baratas…"
Pensar, para a ex-barata, era uma novidade.
Antigamente ela seguia seu instinto. Agora precisava raciocinar. Fez uma
espécie de manto com a cortina da sala para cobrir sua nudez. Saiu pela casa e
encontrou um armário num quarto, e, nele, roupa de baixo e um vestido. Olhou-se
no espelho e achou-se bonita para uma ex-barata. Maquiou-se. Todas as baratas
são iguais, mas as mulheres precisam realçar sua personalidade. Adotou um nome:
Vandirene. Mais tarde descobriu que só um nome não bastava. A que classe
pertencia? … Tinha educação? … Referências?... Conseguiu a muito custo um
emprego como faxineira. Sua experiência de barata lhe dava acesso a sujeiras
mal suspeitadas. Era uma boa faxineira.
Difícil era ser gente... Precisava comprar comida e
o dinheiro não chegava. As baratas se acasalam num roçar de antenas, mas os
seres humanos não. Conhecem-se, namoram, brigam, fazem as pazes, resolvem se
casar, hesitam. Será que o dinheiro vai dar? Conseguir casa, móveis,
eletrodomésticos, roupa de cama, mesa e banho. Vandirene casou-se, teve filhos.
Lutou muito, coitada. Filas no Instituto Nacional de Previdência Social. Pouco
leite. O marido desempregado… Finalmente acertou na loteria. Quase quatro
milhões! Entre as baratas ter ou não ter quatro milhões não faz diferença. Mas
Vandirene mudou. Empregou o dinheiro. Mudou de bairro. Comprou casa. Passou a
vestir bem, a comer bem, a cuidar onde põe o pronome. Subiu de classe.
Contratou babás e entrou na Pontifícia Universidade Católica.
Vandirene acordou um dia e viu que tinha se
transformado em barata. Seu penúltimo pensamento humano foi: "Meu Deus!… A
casa foi dedetizada há dois dias! …". Seu último pensamento humano foi
para seu dinheiro rendendo na financeira e que o safado do marido, seu herdeiro
legal, o usaria. Depois desceu pelo pé da cama e correu para trás de um móvel.
Não pensava mais em nada. Era puro instinto. Morreu cinco minutos depois, mas
foram os cinco minutos mais felizes de sua vida.
(Luis Fernando Veríssimo)
Observe a charge a seguir para responder à questão.
Com base no texto e na charge acima, afirma-se que:
a. a distribuição de bens e renda é igualitária em
todas as classes sociais brasileiras.
b. não há falta de alimentos no Brasil e nem há
diferenças sociais.
c. não há desperdício, nem má distribuição de
alimentos, bens e serviços no Brasil.
d. as relações sociais ocorrem de forma harmônica e
igualitária na sociedade.
e. a diferença de classes sociais é consequência da
má distribuição de bens
9. ENEM 2014
Parecer CNE/CP n° 3/2004, que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e
Cultura Afor-Brasileira e Africana.
Procura-se oferecer uma resposta, entre outras, na
área da educação, à demanda da população afrodescendente, no sentido de
políticas de ações afirmativas. Propõe a divulgação e a produção de
conhecimentos, a formação de atitudes, posturas que eduquem cidadãos orgulhosos
de seu pertencimento étnico-racial – descendentes de africanos, povos
indígenas, descendentes de europeus, de asiáticos – para interagirem na
construção de uma nação democrática, em que todos igualmente tenham seus
direitos garantidos.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Disponível
em: www.semesp.org.br Acesso em: 21 nov. 2013 (adaptado)
A orientação adotada por esse parecer fundamenta
uma política pública e associa o princípio da inclusão social a
a. medidas de compensação econômica.
b. dispositivo de liberdade de expressão.
c. estratégias de qualificação profissional.
d. práticas de valorização identitária.
e. instrumentos de modernização jurídica.
10. ENEM 2013
TEXTO I
A nossa luta é pela democratização da propriedade
da terra, cada vez mais concentrada em nosso país. Cerca de 1% de todos os
proprietários controla 46% das terras. Fazemos pressão por meio da ocupação de
latifúndios improdutivos e grandes propriedades, que não cumprem a função
social, como determina a Constituição de 1988. Também ocupamos as fazendas que
têm origem na grilagem de terras públicas.
Disponível em: www.mst.org.br. Acesso em: 25 ago.
2011 (adaptado).
TEXTO II
O pequeno proprietário rural é igual a um pequeno
proprietário de loja: quanto menor o negócio mais difícil de manter, pois tem
de ser produtivo e os encargos são difíceis de arcar. Sou a favor de
propriedades produtivas e sustentáveis e que gerem empregos. Apoiar uma empresa
produtiva que gere emprego é muito mais barato e gera muito mais do que apoiar
a reforma agrária.
LESSA, C. Disponível em: www.observadorpolitico.org.br.
Acesso em: 25 ago. 2011 (adaptado).
Nos fragmentos dos textos, os posicionamentos em
relação à reforma agrária se opõem. Isso acontece porque os autores associam a
reforma agrária, respectivamente, à:
a. redução do inchaço urbano e à crítica ao
minifúndio camponês.
b .ampliação da renda nacional e à prioridade ao
mercado externo.
c. correção de distorções históricas e ao prejuízo
ao agronegócio.
d. contenção da mecanização agrícola e ao combate
ao êxodo rural.
d. privatização de empresas estatais e ao estímulo
ao crescimento econômico.
Gabarito. Please.
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