Novo Horizonte do Sul

23/05/2017

DESIGUALDADE

Desigualdade

1. UEL 2008 Analise a tabela a seguir:


Os dados sobre a pobreza e a indigência segundo a cor ilustram os argumentos dos estudos:

a. de Gilberto Freyre sobre a natural integração dos negros na sociedade brasileira, que desenvolveu a democracia racial.
b.de Caio Prado Junior sobre a formação igualitária da sociedade brasileira, que desenvolveu o liberalismo e. de Florestan Fernandes sobre a não integração dos negros no mercado de trabalho cem anos após a abolição da escravidão.racial.
c. de Sérgio Buarque de Holanda sobre a cordialidade entre as raças que formam a nação brasileira: os negros, os índios e os brancos.
d. de Euclides da Cunha sobre a passividade do povo brasileiro, ordeiro e disciplinado, que desenvolveu a igualdade de oportunidades para todas as raças.

2. UERJ 2016 Há dinamite de pavio aceso no Orçamento

O ponto central, que já deveria ser tema de um amplo debate no Congresso, no Executivo e fora deles, é que a crise fiscal implodiu os alicerces da Constituição de 1988. A ideia de um Estado que seria capaz de eliminar a miséria, reduzir a pobreza e ainda fornecer serviços básicos como saúde e educação com eficiência faliu. Aceite-se ou não.
O Globo, 13/12/2015.

De acordo com a reportagem, o modelo político de Estado que estaria inviabilizado no atual contexto brasileiro é denominado:

a. liberal-federativo
b. democrático-nacionalista
c. unitário-desenvolvimentista
d. bem-estar social

3. UNESP 2016 A escola que se autointitula a primeira colocada no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ocupa, ao mesmo tempo, a 1ª e a 569ª posição no rankingque a imprensa faz com os resultados do Enem. A escola separou numa sala diferente os alunos que acertavam mais questões em suas provas internas. Trouxe, inclusive, alguns alunos de suas franquias pela Grande São Paulo. E “criou” uma outra escola (abriu outro CNPJ), mesmo estando no mesmo espaço físico. E de lá pra cá esta ‘outra escola’ todo ano é a primeira colocada no Enem. A 569ª posição é a que melhor reflete as condições da escola. O 1º lugar é uma farsa. A primeira colocada no Enem NÃO é uma escola, é uma artimanha jurídica que faz com que os alunos tenham suas notas computadas em duas listas diferentes. Todos estudam no mesmo prédio, com os mesmos professores, com o mesmo material, no mesmo horário, convivendo no mesmo pátio e no mesmo horário de intervalo.
No Brasil todo temos centenas de escolas que trabalham com a regra na mão para tentar parecer que são a melhor e depois divulgar, em suas propagandas, que são a melhor escola do país, do estado, da região, da cidade e, em cidades grandes, como várias capitais, até mesmo que é a melhor escola de um determinado bairro.

(Mateus Prado. “Escola campeã do Enem ocupa, ao mesmo tempo, o 1º e o 569º lugar do ranking”. O Estado de S.Paulo, 26.12.2014. Adaptado.)

O fato relatado pode ser explicado em função da:

a. falência da meritocracia como critério de acesso ao ensino superior na sociedade atual.
b. hegemonia dos critérios instrumentais da empresa capitalista em alguns setores da educação.
c. priorização de aspectos humanísticos, em detrimento da preparação para o mercado de trabalho.
d. resistência dos educadores à transformação da escola em instrumento de reprodução ideológica.
e. separação rigorosa entre os âmbitos da educação e da publicidade na sociedade capitalista.

4. UPE (SSA) 2016 Observe a charge a seguir:



A estrutura social é um tema presente nos estudos sociológicos. Com base na charge, é CORRETO afirmar que:

a. a desigualdade social fundamenta-se na habitação, pois a obtenção de outros elementos de sobrevivência depende, exclusivamente, dos indivíduos.
b. os movimentos sociais funcionam como mecanismos que incentivam a criação de espaços sociais, a exemplo do apresentado na charge.
c. o morador de uma das casas da charge compara sua residência com a de uma classe social superior. Esse fato o deixa satisfeito com sua condição social.
d. a classe média no Brasil é caracterizada por possuir grande acúmulo de dinheiro que a torna uma estrutura social frágil, se comparada a outras organizações sociais.
e. a estratificação da sociedade brasileira é dividida em classes sociais, que são determinadas por condições econômicas e sociais de vida.

5. UEPB 2013 A charge e o texto abaixo retratam um dos temas trabalhados pela Geografia: Questão de Gênero.


“O direito a uma vida livre de violência é um dos direitos básicos de toda mulher. É pela garantia desse direito que marchamos hoje e marcharemos sempre, até que todas sejamos livres”.
Esse texto constava entre os inúmeros cartazes na Segunda Marcha das Vadias no Distrito Federal.
Com base nas informações da charge, do texto e seus conhecimentos sobre o tema, são verdadeiras as afirmativas, EXCETO: 

a. A marcha das vadias objetiva conscientizar a sociedade de que a culpa do estupro não é da mulher e o estupro não dever estar associado ao modo como ela se veste. Protestam contra a culpabilização das vitimas nos casos das violências sofridas. Criticam também as instituições que sustentam a dominação e a exploração contra a mulher.
b. A mercantilização do corpo da mulher, do prazer e a banalização da exploração sexual são dimensões da globalização econômica. A mulher é considerada alvo estratégico do consumismo e o apelo sexual o elemento central nesse método.
c. A violência física contra a mulher é o estágio de uma série de violências verbais, simbólicas, psicológicas que atingem mulheres todos os dias. A discriminação histórica contra a mulher não é fruto de uma concepção patriarcal que ainda impera, mesmo inconscientemente, na sociedade.
d. Mulheres trabalhadoras assalariadas, depois do trabalho nas fábricas, no comércio, no campo ou como empregadas domésticas, são subordinadas à dupla jornada de trabalho ao realizarem as tarefas domésticas ao chegarem em casa. Já as mulheres burguesas ou de classe média alta, mesmo que trabalhem, relegam as mulheres mais pobres a essa segunda atividade. Logo, em sua grande maioria são as mulheres pobres e trabalhadoras exploradas e oprimidas que lutam de forma consciente contra a opressão.
e. A opressão ao sexo feminino nas empresas se dá na prática do assédio e abuso sexual em troca da manutenção do emprego e das promoções de cargos. As mulheres que não aceitam esses “pré-requisitos” têm que se desdobrar e demonstrar capacidade e superioridade para se manter em seus empregos.

6. UNISC 2016  Carole Vance no texto Antropologia (Re)descobre a Sexualidade afirma que as abordagens construtivistas: [...] partilham a necessidade de problematizar os termos e o campo de estudos — no mínimo, todas as abordagens adotam a visão de que atos sexuais fisicamente idênticos podem ter importância social e significado subjetivo variáveis, dependendo de como são definidos e  compreendidos em diferentes culturas e períodos históricos. Assim como um ato sexual não traz em si um significado social universal, a relação entre atos sexuais e significados sexuais também não é fixa, o que torna sua transposição a partir da época e do local do observador um grande risco. Na verdade, as culturas geram categorias, esquemas e rótulos diferentes para estruturar as experiências sexuais e afetivas. Essas construções não só influenciam a subjetividade e o comportamento individual, mas também organizam e dão significado à experiência sexual coletiva através, por exemplo, do impacto das identidades, definições, ideologias e regulações sexuais.
VANCE, Carole. A Antropologia (Re)descobre a Sexualidade.
Revista Physis, Rio de Janeiro, v. 5, n. 1, 1995, p. 7-32.

Com base no trecho leia as afirmativas a seguir:

I. As definições de sexualidade são extensivas a toda a história e a todas as culturas porque os significados atribuídos à sexualidade são fixos e universais.
II. A existência de atos sexuais idênticos indica que o peso da cultura na influência dos comportamentos e das subjetividades é limitado porque há algo inato que condiciona a organização da expressão da sexualidade.
III. Os significados sobre a sexualidade variam em contextos históricos e culturais, pois os grupos sociais produzem categorias, esquemas e rótulos diferentes para estruturar as experiências sexuais e afetivas.

Assinale a alternativa correta.

a. Somente as afirmativas I e II estão corretas.
b. Somente as a
c. Somente a afirmativa III está correta.firmativas I e III estão corretas.
d. Somente as afirmativas II e III estão corretas.
e. Todas as afirmativas estão corretas.

7. ENEM(PPL) 2015 A população negra teve que enfrentar sozinha o desafio da ascensão social, e frequentemente procurou fazê-lo por rotas originais, como o esporte, a música e a dança. Esporte, sobretudo o futebol, música, sobretudo o samba, e dança, sobretudo o carnaval, foram os principais canais de ascensão social dos negros até recentemente. A libertação dos escravos não trouxe consigo a igualdade efetiva. Essa igualdade era afirmada nas leis, mas negada na prática. Ainda hoje, apesar das leis, aos privilégios e arrogâncias de poucos correspondem o desfavorecimento e a humilhação de muitos.
CARVALHO, J. M. Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de Janeiro:Civilização Brasileira, 2006 (adaptado).
Em relação ao argumento de que no Brasil existe uma democracia racial, o autor demonstra que:
a. esse mito camuflou formas de exclusão em relação aos afrodescendentes.
b. essa ideologia equipara a nação a outros países modernos.
c. esse modelo de democracia foi possibilitado pela miscigenação.
d. essa peculiaridade nacional garantiu mobilidade social aos negros.
e. essa dinâmica política depende da participação ativa de todas as etnias.

8. UEPA 2015 A metamorfose

Uma barata acordou um dia e viu que tinha se transformado num ser humano. Começou a mexer suas patas e viu que só tinha quatro, que eram grandes e pesadas e de articulação difícil. Não tinha mais antenas. Quis emitir um som de surpresa e sem querer deu um grunhido. As outras baratas fugiram aterrorizadas para trás do móvel. Ela quis segui-las, mas não coube atrás do móvel. O seu segundo pensamento foi: "Que horror… Preciso acabar com essas baratas…"
Pensar, para a ex-barata, era uma novidade. Antigamente ela seguia seu instinto. Agora precisava raciocinar. Fez uma espécie de manto com a cortina da sala para cobrir sua nudez. Saiu pela casa e encontrou um armário num quarto, e, nele, roupa de baixo e um vestido. Olhou-se no espelho e achou-se bonita para uma ex-barata. Maquiou-se. Todas as baratas são iguais, mas as mulheres precisam realçar sua personalidade. Adotou um nome: Vandirene. Mais tarde descobriu que só um nome não bastava. A que classe pertencia? … Tinha educação? … Referências?... Conseguiu a muito custo um emprego como faxineira. Sua experiência de barata lhe dava acesso a sujeiras mal suspeitadas. Era uma boa faxineira.
Difícil era ser gente... Precisava comprar comida e o dinheiro não chegava. As baratas se acasalam num roçar de antenas, mas os seres humanos não. Conhecem-se, namoram, brigam, fazem as pazes, resolvem se casar, hesitam. Será que o dinheiro vai dar? Conseguir casa, móveis, eletrodomésticos, roupa de cama, mesa e banho. Vandirene casou-se, teve filhos. Lutou muito, coitada. Filas no Instituto Nacional de Previdência Social. Pouco leite. O marido desempregado… Finalmente acertou na loteria. Quase quatro milhões! Entre as baratas ter ou não ter quatro milhões não faz diferença. Mas Vandirene mudou. Empregou o dinheiro. Mudou de bairro. Comprou casa. Passou a vestir bem, a comer bem, a cuidar onde põe o pronome. Subiu de classe. Contratou babás e entrou na Pontifícia Universidade Católica.
Vandirene acordou um dia e viu que tinha se transformado em barata. Seu penúltimo pensamento humano foi: "Meu Deus!… A casa foi dedetizada há dois dias! …". Seu último pensamento humano foi para seu dinheiro rendendo na financeira e que o safado do marido, seu herdeiro legal, o usaria. Depois desceu pelo pé da cama e correu para trás de um móvel. Não pensava mais em nada. Era puro instinto. Morreu cinco minutos depois, mas foram os cinco minutos mais felizes de sua vida.
(Luis Fernando Veríssimo)

Observe a charge a seguir para responder à questão.


Com base no texto e na charge acima, afirma-se que:

a. a distribuição de bens e renda é igualitária em todas as classes sociais brasileiras.
b. não há falta de alimentos no Brasil e nem há diferenças sociais.
c. não há desperdício, nem má distribuição de alimentos, bens e serviços no Brasil.
d. as relações sociais ocorrem de forma harmônica e igualitária na sociedade.
e. a diferença de classes sociais é consequência da má distribuição de bens

9. ENEM 2014 Parecer CNE/CP n° 3/2004, que instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afor-Brasileira e Africana.
Procura-se oferecer uma resposta, entre outras, na área da educação, à demanda da população afrodescendente, no sentido de políticas de ações afirmativas. Propõe a divulgação e a produção de conhecimentos, a formação de atitudes, posturas que eduquem cidadãos orgulhosos de seu pertencimento étnico-racial – descendentes de africanos, povos indígenas, descendentes de europeus, de asiáticos – para interagirem na construção de uma nação democrática, em que todos igualmente tenham seus direitos garantidos.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Disponível em: www.semesp.org.br Acesso em: 21 nov. 2013 (adaptado)

A orientação adotada por esse parecer fundamenta uma política pública e associa o princípio da inclusão social a

a. medidas de compensação econômica.
b. dispositivo de liberdade de expressão.
c. estratégias de qualificação profissional.
d. práticas de valorização identitária.
e. instrumentos de modernização jurídica.

10. ENEM 2013
TEXTO I
A nossa luta é pela democratização da propriedade da terra, cada vez mais concentrada em nosso país. Cerca de 1% de todos os proprietários controla 46% das terras. Fazemos pressão por meio da ocupação de latifúndios improdutivos e grandes propriedades, que não cumprem a função social, como determina a Constituição de 1988. Também ocupamos as fazendas que têm origem na grilagem de terras públicas.
Disponível em: www.mst.org.br. Acesso em: 25 ago. 2011 (adaptado).
TEXTO II
O pequeno proprietário rural é igual a um pequeno proprietário de loja: quanto menor o negócio mais difícil de manter, pois tem de ser produtivo e os encargos são difíceis de arcar. Sou a favor de propriedades produtivas e sustentáveis e que gerem empregos. Apoiar uma empresa produtiva que gere emprego é muito mais barato e gera muito mais do que apoiar a reforma agrária.
LESSA, C. Disponível em: www.observadorpolitico.org.br. Acesso em: 25 ago. 2011 (adaptado).

Nos fragmentos dos textos, os posicionamentos em relação à reforma agrária se opõem. Isso acontece porque os autores associam a reforma agrária, respectivamente, à:

a. redução do inchaço urbano e à crítica ao minifúndio camponês.
b .ampliação da renda nacional e à prioridade ao mercado externo.
c. correção de distorções históricas e ao prejuízo ao agronegócio.
d. contenção da mecanização agrícola e ao combate ao êxodo rural.

d. privatização de empresas estatais e ao estímulo ao crescimento econômico.

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