A Guerra do Golfo foi um conflito
militar ocorrido no Oriente Médio nos fins de 1990 e início de 1991. Ele
envolveu o Iraque e uma Coalizão Internacional sancionada pela Organização das
Nações Unidas (ONU).Esta coalizão, liderada pelos Estados Unidos, teve a
participação de potências internacionais e regionais totalizando 34 países.
Alguns deles são: Inglaterra, França, Portugal, Espanha, Itália, Egito, Síria,
Arábia Saudita e Omã.
Principais Causas
As principais causas deste
conflito estão ligadas às questões petrolíferas e geopolíticas. O Iraque
encontrava-se numa profunda crise econômica após sua guerra contra o Irã. Os
maiores credores desta dívida eram justamente a Arábia Saudita e o Kuwait.
Ambos foram os principais alvos do regime de Saddam Hussein (ditador que
governou a nação iraquiana até 2006). Assim, ao anexar seu vizinho Kuwait, o
Iraque despojaria o petróleo kuwaitiano, ao mesmo tempo em que resolveria seu
problema de crédito. Com isso, Saddam ordena a invasão do país vizinho,
alegando que estariam restituindo o antigo território de Basra (sob domínio
iraquiano à época do Império Turco-Otomano). E também, combatendo a “guerra
econômica” praticada pelo Kuwait no comércio de petróleo. No outro lado da moeda,
ou seja, a coalizão liderada pelos Estados Unidos, a intervenção militar no
Kuwait visava resguardar os interesses geopolíticos estadunidenses. Além disso,
das outras potências capitalistas, temerosas de que a guerra impedisse-os de
ter acesso ao petróleo do Golfo Pérsico.
Contexto Histórico
A Guerra do Golfo deve ser
percebida dentro do contexto das transformações desde 1989. Destacam-se a queda
do Muro de Berlim, sinalizando a crise do socialismo real, e o fim da Guerra
Fria, o que de fato ocorreu no ano de 1991. Portanto, este conflito representou
um dos aspectos da mudança no cenário das relações internacionais. Nesse
cenário, os Estados Unidos despontavam como líderes incontestes do planeta.
Isso, após a queda da União Soviética, de quem o Iraque foi um aliado fiel
durante toda a Guerra Fria. Assim, em agosto de 1990, o Iraque passa do ataque
midiático e verbal para a ação, dando início à invasão do Kuwait, localizado na
região do Golfo Pérsico. Com mais de 100 mil soldados, a força iraquiana não
teve problemas para conquistar o país e torná-lo a 19ª província do Iraque.
Como resposta imediata, a ONU, em reunião extraordinária, determinou o embargo
econômico contra o país agressor. Ela apresentava total apoio à família real do
Kuwait, exilada em Riade, na Arábia Saudita. Posteriormente, em 29 de novembro
de 1990, o Conselho de Segurança da ONU se reúne novamente e aprova a Resolução
678. Ela intimava o governo iraquiano a retirar suas tropas do Kuwait até o dia
15 de janeiro de 1991, pois, caso contrário, seriam atacadas pelas forças da
coalizão. Como não acatou o ultimato, as forças de Saddam Hussein foram
literalmente destroçadas. Primeiramente, por meio de um bombardeio massivo
iniciado em 17 de janeiro de 1991 e que se estendeu por todo mês. Isso devastou
completamente a infra-estrutura do Iraque, acompanhado pela invasão das forças
de infantaria, armadas com tecnologia militar de ponta. Após pouco mais de um
mês de ataques, o Iraque aceita o cessar fogo, em 28 de fevereiro de 1991. A
condição era de retirar suas tropas do Kuwait e sofrer as devidas sanções.
Apesar de tudo, Saddan Hussein não foi retirado do poder e o Iraque não perdeu
nenhum de seus territórios originais. Por sua vez, no Kuwait, Emir Jaber
Al-Ahmad Al-Sabah é reempossado ao governo do país. Como saldo de guerra,
milhares de civis kuwaitianos e iraquianos morreram no conflito. Entre as
tropas do Iraque, cerca de 35.000 baixas são estimadas. Entre as forças da
coalizão, menos de 400 mortes foram somadas. Em termos materiais, os norte-americanos,
com o maior contingente militar da operação (mais de 70% das tropas), gastaram
mais de US$ 60 Bilhões. Os outros países da coalizão, somados os valores,
desembolsaram cerca de US$ 100 Bilhões.
Curiosidades
A Guerra do Golfo teve ampla
cobertura da mídia, com destaque para a rede CNN, que transmitiu ao vivo
bombardeios e violações de direitos humanos, denunciando o uso de armas
químicas e biológicas pelo exército iraquiano. A destruição dos poços de
petróleo e a consequente contaminação das águas e dos solos, foi uma prática
comum do exército iraquiano ao abandonar o território perdido, o que causou
enormes estragos ambientais.
Fonte: www.todamateria.com.br
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